Com a crise econômica e a pandemia, os brechós se tornaram os queridinhos das fashionistas, blogueiras e apaixonadas por moda.
A indústria da moda é a segunda de maior desperdício do mundo, só perdendo para o da alimentação, pois, muitas pessoas compram e não usam a grande maioria das roupas que ficam guardadas dentro de seus guarda-roupas seja por impulso, estar na moda, porque achou a peça linda na loja, porém no seu corpo nem tanto, por ter emagrecido ou engordado, pela peça ter sido esquecida no armário com etiqueta, por ter se cansado de tanto usá-la e tantos outros motivos ocorrem essa perda.
Todo mundo já teve esse tipo de atitude algum dia na vida quando o assunto é comprar roupas, calçados e outros.
Os brechós eram sinônimo de roupas velhas, mofadas , com avarias e descartáveis aos olhos de muitas pessoas.
Muitas pessoas ainda tem um certo preconceito quando o assunto é brechó.
No exterior, a maioria das pessoas são adeptas e se pode encontrar peças novas, grifadas e até com etiquetas.
No Brasil, parece que essa visão tem mudado , já que as pessoas têm virado adeptas dos brechós.
Eu tenho que reconhecer que muitas vezes, comprei por impulso simplesmente porque estava barato essa ou aquela peça, mas, mesmo antes dessa crise e pandemia tive uma mudança de hábitos.
Comecei a ver algumas peças do meu guarda-roupa que não tinham muita utilidade e virei adepta de me desfazer de algumas, seja doando ou vendendo-as.
Tive algumas experiências de compras em brechó também, o que posso relatar é que como qualquer loja tem de garimpar peças boas, já que na maioria das vezes, elas são únicas.
Peças boas, mas, também algumas decepcionantes, já que as compras foram on line ou seja sem poder ver as peças para experimentar e tocar os tecidos sendo adquiridas ao vivo e a cores.
É uma faca de dois gumes, você adquire coisas boas, mas, também não tão boas assim também.
Tudo na vida é assim mesmo e faz parte.
Mas, e para vender Millena?
Se você quer vender para os brechós com a finalidade de ganhar um bom dinheiro ou mesmo trocar peças suas com as deles, sinceramente, não aconselho.
Os brechós pagam pouco pelas peças e se você quer vender pelo preço cheio sendo a peça de grife ou nova com etiqueta, o melhor é vender mesmo pela internet.
Mas, e a troca?
Não vejo muita vantagem em trocar peças com brechós, porque na maioria das vezes, elas não são atuais e sim de coleções passadas.
Mas, se você é adepta de "quem faz a sua moda é você", então, tudo bem, mas, mesmo assim acho que não compensa.
Cuidado com alguns brechós que vendem peças muito baratas, pois, elas podem ter alguns defeitos que no primeiro momento é imperceptível a análise dos olhos, porém, mais tarde ao procurar nas roupas acaba-se encontrando com evidência.
Os calçados são um dos tipos de peças que tem de ser muito cauteloso e rigoroso nas escolhas porque dificilmente não alguma avaria.
Os produtos de grifes famosas baratas demais, desconfie, se são originais ou réplicas.
Tenho visto alguns estabelecimentos vendendo peças a 2, 3 e até 5 reais ou seja não paga nem o tecido no qual a roupa foi feita.
Isso é bazar e não brechó.
Tome cuidado ao comprar on line, pois, muitos para vender as peças descrevem que elas serve do número 36 ao 44 dizendo que estica.
Esticar significa que a roupa ficará apertada dependendo do corpo da pessoa.
Sempre olhe a descrição das medidas das peças e se oriente por elas.
O frete nunca foi barato e com a pandemia e alta da gasolina se tornou mais caro ainda.
Agora, sabendo garimpar como dizem na linguagem dos brechós, dá para comprar peças chaves, boas, bonitas, básicas e baratas para o guarda-roupa.
A visão de sustentabilidade é excelente para economizarmos e não desperdiçarmos tanto quando se fala em moda.
Essa geração atual parece que aderiu com força a idéia e tem levado as pessoas a pensar melhor no consumo consciente.
Na situação atual, muitos brechós tem feito lives como opções de consumo já que não se pode sair de casa, o que tem conseguido conquistar clientes.
Tenho que confessar que adoro uma live de brechó, pois, é uma opção pra não ver TV.
E distraio e muito.
Em algumas, você consegue comprar roupas e calçados de grife por 80% de desconto do valor de loja.
Já que virou moda, montar um brechó para quem pensa em empreender é uma boa idéia.(fica a dica)
Quer entrar pro ramo de brechó pesquise e análise como é o funcionamento.
Tenho vistos muitos donos de brechós oferendo cursos e nem são tão conhecidos, então, cuidado para não cair na lábia de só quem quer ganhar dinheiro e nada mais.
A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo e é responsável por 20% da poluição global de água.
Dar mais ciclos de vida para as nossas roupas é a forma mais eficiente de diminuir esse impacto ambiental.
Em média, são gastos 2,7 mil litros de água para se produzir uma única peça de roupa e a cada peça gentilmente usada repassada uma nova pode deixar de ser produzida.
Para cada 1 Kg de tecido produzido, são emitidos 7 Kg de CO2 na atmosfera.
Em média, uma pessoa descarta 30 Kg de roupa por ano e 85% disso vai parar em aterros sanitários.
Ainda falta um pouco de consumo consciente as pessoas que preferem jogar fora a doar roupas e sapatos ou mesmo vendê-las ou reciclá-las.
Não usamos 60% do que temos no guarda-roupa, somando mais de R$50 bilhões. Imagine quanta gente necessitada poderia mudar de vida com uma pequena fração desse valor.
Pare, pense e analise, pois brechó é uma tendência de moda!
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