Se eu fosse pai...

Se eu fosse pai, nasceria com meu filho, cresceria com ele.

Se eu fosse pai, caminharia lado a lado como amigo, sorriria com ele.
Se eu fosse pai, olharia meu filho nos olhos e me apaixonaria por ele.
Se eu fosse pai,  brincaria de criança, sem tempo e sem crença, e seria mais feliz.
Se eu fosse pai, educaria na sinceridade, na verdade e na humanidade.
Se eu fosse pai, mostraria a fé que leva a eternidade, e experimentaria o céu.
Se eu fosse pai, amaria mais, mais e mais sem esperar nada.
E, se eu fosse pai, seria como Deus:primeiro nas motivações, meio nas aflições e fim nas realizações.
Se eu fosse pai, seria mais humano, mais rico, mais digno.
Não fugiria do chamado, da escolha, do dom.
Não seria covarde e tampouco deixaria de olhar para meu fruto.
Seria mais humano, mais divino.
Se eu fosse pai, escolheria a melhor parte:saborear os momentos do encontro.
Aproveitaria cada segundo de amor e intensa luz.
Se eu fosse pai, deixaria Deus nascer.
Porque, quando nasce um filho, nasce Deus.