Vejo que o amor que ele sentia por mim diminuiu devido aos meus surtos, as minhas birras, a minha insegurança e a minha incompreensão com ele.


Leitora:Olá Milena... Bom, já leio seu blog desde 2014 e tento sempre me encaixar nos relatos já aconselhados sobre o meu caso. Mas confesso que ultimamente tenho surtado sobre a minha vida, meu relacionamento, minha profissão e minha família. Ir num psicólogo já nem virou opção e sim uma necessidade, porém não tenho dinheiro para pagar um. O que me leva a você. Sei que corro o risco de não ser respondida por você e até entendo, mas acho que só de saber que alguém vai ler o meu desabafo me conforta em partes.
Enfim... A um ano e meio conheci o J. Ele começou a trabalhar diretamente comigo e obviamente criou-se uma certa relação, já que nos víamos todo dia. Descobri logo de cara que ele era casado e tinha um filho de um ano e meio. Há, vale dizer que na época eu tinha 24 anos e ele 21 anos. O J. já era casado a 5 anos e iniciou o namoro com 12 ou 13 anos com essa ex. Nem preciso dizer que foi seu primeiro amor. Ele já tinha ficado com outras gurias, mas ela foi a primeira namorada mesmo.
Eu, por outro lado, havia tido apenas um relacionamento conturbado de alguns meses. Esse envolvimento me custou muitas lágrimas e alguns quilinhos perdidos que infelizmente voltaram! Resumindo, esse animal que me iludiu vinha dando em cima de mim enquanto estava casado e eu relutando suas investidas, pois ele era casado. Algum tempo depois ele se separou e pediu para tomar um café comigo. Aceitei e acabamos nos envolvendo. Neste meio tempo, 1 mês, ele me apresentou a família dele e até fui passar um final de semana no sítio da família. O assunto da recente ex era frequente, mas eu nem ligava, pois era muito confiante e ele demonstrava que gostava de mim. Essa ex ainda morava no terreno da família, onde também morava a irmão e a mãe, a qual abrigou ele depois da separação. Ah, detalhe, ele tinha uma filha de uns 2 anos. Ele explicou que iria dar uma casa para a ex mulher e um carro, para que não ficasse desamparada, já que ele havia pedido o divórcio. Achei linda a atitude dele! Poxa, em pensar que a minha mãe sofre pois sabe que meu padrasto não seria assim com ela quando ela pedisse separação.... Esse foi meu estúpido pensamento na época! Mas, como disse, uma menina de 22 anos, super independente, com dois cursos finalizados e cursando o terceiro, nunca havia namorado e muito menos amado, no caso eu, estava completamente iludida e não viu na boa ação a ameaça de um retorno do amigão para a mulher dele. Exatamente. Depois de um mês ele terminou comigo, DO NADA, dizendo que precisava voltar para a mãe da sua filha. Nem preciso dizer que meu mundo caiu e fiquei sem chão. Minha mãe teve que me dar uma pílula do Rivotril que ela tomava para eu poder parar de chorar, tamanha minha decepção. E realmente foi uma decepção. Todo o conceito que eu havia formado de pessoas e moralidade estava concreto na minha cabeça e nem consigo descrever como foi... Mas o mais abalado foi minha confiança nas pessoas e principalmente homens. Antes dele já havia me envolvido, mas não sentimentalmente como havia acontecido. Acho que é aquela história do primeiro tombo na vida amorosa, mas sinceramente, preferia que tivesse sido mais jovem. A ex desse querido me odeia, com razão, mas mal sabe ela que na verdade acabei sendo a que mais chorou. Acredito que ele tenha traído ela e contado a versão da história dele, onde eu que havia seduzido e jogado charme e ele muito idiota caído na minha lábia.
Masss... águas passadas! Nada melhor que um dia após o outro para recuperar a confiança de uma ariana. Voltei a ser eu e esquecido aquela história toda.
 Bom, até que depois de 2 anos eu conheço o J., o rapaz que contei lá em cima. Conversávamos durante o dia e acabamos virando bons colegas de trabalho. Não contávamos de nossas vidas pessoais ou experiências particulares. Com o tempo fui me apegando a ele e gostando do seu lado misterioso. Ele por outro lado também me pareceu gostar de mim, mas nos respeitávamos. Depois de 3 meses ele se separou. Saiu mais cedo do serviço e me pediu desculpas, dizendo que sua vida estava uma confusão. Eu respondi que eu não tinha nada a ver com a vida dele e que ele não me  devia satisfação, mas que ele poderia ter me avisado, já que contava com ele no dia. Na semana seguinte percebi que ele havia se separado. Pronto, na minha cabeça já veio o problema do relacionamento anterior. Me senti culpada de “n” maneiras. Comecei a imaginar que não deveria ter me aproximado tanto dele, mas ao mesmo tempo achei prepotência da minha parte achar que ele tinha se separado por causa de mim! Horas, não nos envolvemos e muitos menos tínhamos trocado mensagens de que havia sentimento um pelo outro. Mas sim, uns olhares trocamos sim.
Voltamos a nos falar e achei que era minha obrigação abrir os olhos dele e dizer que ele devia dar um tempo e pensar melhor na decisão dele de se separar. Pois é, ele também foi o que pediu a separação neste caso. Bom, conversei com ele e disse que ele muitos anos envolvidos e que ele deveria esfriar a cabeça, pois com certeza iria bater o arrependimento. O J. por outro lado disse que não, pois a decisão foi pensada a anos e não foi por impulso. Não quis me envolver no assunto. Apenas continuamos amigos. Mas depois dessa semana ele perguntou se eu não queria dar uma volta. Resumo da ópera, acabei saindo com ele e nos beijamos e ficamos a noite toda juntos dando amassos.
Curti o momento. Curti mesmo. Gostava dele e sentia que não tinha futuro, então não havia mal nisso se fosse só um lance. Só que depois de um mês e meio o lance foi que eu estava apaixonada por ele e ainda com suspeita de gravidez! A gravidez não foi confirmada, mas a paixão sim. E de novo me vi na pior situação do mundo. Eu via que ele gostava de mim, mas que ainda estava abalado com a separação, ainda mais porque a ex queria voltar. Me vendo no mesmo conflito decido terminar o que não começou. Chamei ele para conversar e falei que não ia dar certo. O melhor era cada um seguir sua vida. Ele ficou arrasado e quase chorou na minha frente. Logo depois que sai do carro nesse momento, ele mandou WhatsApp falando que estava decepcionado e que cogitou fazer qualquer coisa por mim, mas que eu havia terminado com ele. Conversamos e ele pediu para conversar novamente no dia seguinte. Topei. No dia seguinte e nos seguintes acabamos nos envolvendo mais ainda e o amor surgiu. Mas o fantasma da ex sempre ali... me assombrando com o filho.
Depois de 3 meses já era natal e ano novo. Nesse meio tempo houve alguns conflitos já com relação a ex, que ainda mandava WhatsApp para ele. Pedi para que isso acabasse, pois era impossível haver tanto assunto envolvendo o menino. Tirando outros problemas que vou me ater a contar. Ele bloqueou ela no app e combinou com a ex que ficaria com o filho 5 dias antes do natal. E foi. Porém no dia 24 fomos levar o pequeno de volta e quando o J. retornou ao carro estava diferente. Estava abatido e triste, mas não quis contar o que aconteceu. Foi o pior natal da minha vida até hoje.
No ano novo decidimos ir para a casa do meu tio. Lá eu vi que a ex mandou WhatsApp para ele e me senti traída. Poxa, como ele pôde fazer isso comigo? Brigamos e eu chorei falando que não suportava mais isso e que queria terminar. Ele chorou também e disse que foi falar com ela para perguntar do filho. E eu explodi. Disse tudo que estava engasgado sobre a ex e ele explicou cada situação. Disse que no dia 24 ela jogou na cara dele que ele estava deixando ela passar o natal sozinha com o filho enquanto ia para minha casa. Nos acertamos. Mas foi uma situação muito difícil. Depois ele perguntou o que eu queria de ano novo e eu perguntei a mesma coisa para ele. Minha surpresa foi quando ele respondeu que em  2015 queria me pedir em casamento.
O ano iniciou e outras brigas vieram e foram resolvidas e o amo aumentando, principalmente por parte dele, que cada vez mais me mostrava o quanto me amava. Como toda mulher eu tive meus surtos novamente em que ficava confusa com relação a tudo aquilo. Filho, ex, família, passado e entre outras coisas. E cada vez mais ele confirmava seu amor por mim. Inclusive chegou a dizer que eu era prioridade na vida dele, antes mesmo do filho. Nesse instante me senti feliz e um lixo, por fazer ele falar isso. Que tipo de mulher era eu? Em querer estar acima de um filho? Mas enfim, continuei meu romance. Já morando juntos a um ano e como sempre, com alguns conflitos.
O ano finalizou com o filho dele morando com a mãe, mas passando os finais de semana com a gente a cada 15 dias. Muitas vezes durante o ano me magoei e guardei para mim algumas coisas. Chorava durante a noite ou no serviço e ficava pensando o que seria de mim nessa situação. Principalmente porque a ex ligava quase toda semana e eles ficavam no telefone uns 10 minutos, ou até 25 minutos. Isso aconteceu umas 5 ou 6 vezes durante o ano. E lógico, quando via a ligação no celular era como um tiro no coração.
Ele não era tão apegado ao filho quando começamos a namorar, mas parece que durante o ano esse amor foi aumentando na mesma proporção que o meu ciúme. Ah, ele não queria ter filho, mas acabou acontecendo e acredito nisso porque a família dele já me confirmou isso.
Contabilizando o ano, foram vários desentendimentos e muitos choros, por ambas as partes. Nem quero relatar o que aconteceu em um dia que ele confessou ser inseguro do meu amor. Foi aí que eu percebi o quanto ele me amava.
Entretanto, o que acho que mais me chocou aconteceu em novembro. O meu melhor amigo queria sair comigo para conversar, mas o J. não aceitava isso, pois ele é muito ciumento, assim como eu. O meu namorido acabou lendo uma parte da minha conversa com o meu amigo e não gostou do que viu. Dali para frente mudou. Depois descobri que o problema era esse. Disse que não iria mais sair com esse meu melhor amigo e iria esfriar a amizade, pois também não admitiria uma amiga na vida dele. Entre essas conversar ele desabafou que no dia que leu essa conversa foi o dia que ia me pedir em casamento. Novamente, me senti a pior mulher do mundo.
Na virada do ano lembrei do desejo dele no ano anterior e chorei ao pensar que o ano acabou e ele não concretizou esse pedido.
Iniciamos o ano e volta e meia estamos de bico e brigados. Não sei mais o que fazer. Cada vez mais reflito em nossas vidas juntos e o fantasma da ex e as necessidades do filho.... Minha cabeça é um redemoinho onde a minha vida financeira está quebrada, minha família também, minha desmotivação com o emprego e o mais importante, minha vida amorosa.
Lendo agora esse texto, vejo o quanto ainda sou imatura e me pergunto o que devo fazer? Tem horas que tenho vontade de jogar tudo para o alto e sair do país, mas ao pensar que vou ficar longe do meu amor.... Nem consigo pensar. Mas vejo que o amor que ele sentia por mim diminuiu devido aos meus surtos, as minhas birras, a minha insegurança e a minha incompreensão com ele. Fico na dúvida se algum dia ele me amará como antes ou como no dia em que me olhou no fundo dos meus olhos e disse que faria qualquer coisa para me ver feliz. Vale dizer que ele também é bem ciumento e possessivo, mas que já mudou muito. Digo isso para não ser a única culpada na história. Até porque nunca existe um culpado só. A minha vida social se limitou bastante devido a essa relação e acredito que isso seja algo que devemos melhorar, se for para ficar junto.
Além desse problema, a ex agora quer a guarda compartilhada. Se desse jeito já é difícil, imagina com essa decisão em jogo.
Milena, não sei que fazer....
Primeiramente, você pode tentar uma ajuda psicológica através da rede pública que disponibiliza esses profissionais para quem não pode pagar.
A partir do momento que uma mulher se torna disponível a ter um relacionamento com um homem casado tem que ter a total consciência de lhe trará consequências na vida e que sempre será tratada em segundo plano ou seja como amante e nada mais.
Anote no seu caderninho de aprendizagem da vida, o bordão que eu sempre falo aqui no site:"os homens só fazem conosco o que nós deixamos que eles façam", você deixou esse rapaz te colocar com estepe na vida e te iludir com desculpa esfarrapada e acabou que ele lógico que quando viu sua imaturidade voltou para a ex mulher já que tinha um filho com ela.
Você tem uma sina e gosta de se envolver com homens comprometidos e separados, tem tanto homem solteiro disponível, mas, você prefere os mais complicados. 
Já tinha se envolvido com um homem casado com filho que disse ter se separado, mas, a realidade é que não tinha e só te usou e depois com um outro separado e pior ainda com filho, mas que tinha uma ex disposta a tudo pra que ele voltasse pra ela.
E mais uma vez um homem te contou mentiras e você caiu de novo na lábia dele.
Ter um relacionamento com um homem separado que tenha filhos com outra pessoa tem uma série de complicações que no momento as mulheres só enxergam o amor por esses homens, mas, com a convivência percebem que a dificuldade surgirão devido as exs que estão sempre dispostas a usar os filhos para atrapalharem futuros relacionamentos, aos homens que deixam as exs fazerem o que quiserem e não tomam uma atitude com receio de que sejam proibidos de verem os filhos e as atuais mulheres que ficam no meio dessa situação e não aceitam os filhos que não tem nada a ver com toda essa problemática.
A realidade é que esse rapaz está sempre dando uma desculpa para não te pedir em casamento e só usa essa ou aquela justificativa.
A guarda compartilhada vai te fazer ser obrigada a conviver mais com o filho e com isso com a ex mulher, pois não tem como desvincular um dou outro, já que o filho dele é uma criança e que qualquer problema que surgir com filho deles, a ex vai é atrás dele, isso é óbvio.
Eu te aconselho a aprender a lidar com a situação, senão, esse seu relacionamento não vai durar muito.
Essas crises dele de ciúmes e esse querer te controlar, proibindo de ter amizade com essa ou aquela pessoa tem que ser conversada, pois, você tem todo o direito a ter a sua privacidade e amizade.
Assim como você, ele teve uma vida pregressa e até filho tem com outra pessoa e deve ter um pouco de respeito para com as suas coisas.
A verdade é que ele está te fazendo ter uma certa dependência da pessoa dele que amanhã ou depois pode ser perigosa caso, ocorra um término, pois ocorrerá sofrimento.
Eu acho que você deve conversar com ele e também com a sua família que poderá te aconselhar melhor sobre o que deve ser feito.
A nossa família só quer o nosso bem.
Enquanto, ao que você me relatou e não contei aqui, te digo que esse homem precisa de ajuda psicológica também, porque senão, ele poderá fazer algo contigo, já que você sabe bem o que ele fez...
Não é atitude de pessoa normal e sim de desequilibrada para chamar a atenção e te deixar culpada.
Cuidado, você pode estar dormindo com o inimigo.
A sua vida toda esta ruim, porque uma coisa puxa a outra, se você vive mal um relacionamento não tem como estar motivada para o trabalho.
Resolva essa situação com esse rapaz.
Pare, pense e analise o melhor a ser feito para você e lembre-se que relacionamento não é só sentimento, mas, convivência e se ela está ruim, então, tem que se tomar uma atitude.
Converse com esse rapaz.
Te Cuida!Espero ter te ajudado!

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